Segundo Machado, Bolsonaro já gastou, em um ano, R$ 8 milhões dos R$ 17 milhões arrecadados em campanha anterior, e parte do dinheiro foi enviada a Eduardo, que está nos EUA em campanha para que o governo de Donald Trump aplique sanções ao ministro do STF Alexandre de Moraes.
QUEM PAGA 2
O próprio Bolsonaro já disse que está "bancando as despesas dele [Eduardo] agora. Se não fosse o PIX, eu não teria como bancar essa despesa, ele está sem salário e fazendo o seu trabalho de interlocução com autoridades no exterior. O que queremos é garantir a nossa democracia, não queremos um judiciário parcial".
QUEM PAGA 3
De acordo com ministros do Supremo, Bolsonaro admitiu, com as declarações, estar financiando os supostos crimes pelos quais o filho está sendo agora investigado no Supremo: coação no curso do processo a que o pai responde, obstrução de investigação e abolição violenta do Estado democrático de Direito.
QUEM PAGA 4
No pedido que fez à Corte para que o inquérito contra Eduardo Bolsonaro fosse aberto, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, foi explícito: ele pede que Jair Bolsonaro seja ouvido "dada a circunstância de ser diretamente beneficiado pela conduta descrita [os atos do filho contra o STF nos EUA] e [por] já haver declarado ser o responsável financeiro pela manutenção do sr. Eduardo Bolsonaro em território americano".
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Ao final de seu pedido, Gonet afirma que requer diversas providências "sem embargo de outras, até de índole cautelar, que o desenvolvimento dos acontecimentos possa recomendar".
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De acordo com um magistrado ouvido pela coluna, entre as medidas cautelares que podem ser adotadas no futuro está inclusive a prisão preventiva do ex-presidente.
OUTRO LADO
Em entrevista ao influencer Paulo Figueiredo nos EUA, Eduardo Bolsonaro afirmou que, ao intimar seu pai, Alexandre de Moraes "está indo para cima dos familiares dos exilados", como ocorre "quando o pessoal sai de Cuba, sai da Venezuela e sai da Coreia do Norte" para denunciar os regimes ditatoriais.
Mônica Bergamo
Fonte: @folhadespaulo
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